domingo, 11 de abril de 2010

.dos pequenos pensamentos.




mais uma vez pedro olhava seu quarto, já vazio de tudo que era dele, 
todas aquelas coisas, aqueles cantos, já sem encantos 
e entulhado de lembranças e de uma vida quase que inteira. 
Naquela manhã o sol não conseguia quebrar toda a escuridão do seu envólucro, 
ele tentou levar tudo que fizesse parecer que na verdade ele nunca tinha ido, 
como quem levasse aquele pedaço de calçada e árvore pra todos os lugares do mundo. 


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foram dias girando em volta de sí mesmo, afinal era apenas uma bolha,
 uma bolha meio desmedida, longe de ser redonda, um tanto achatada,
 de ângular nem a esquina com as fronteiras, 
o azul nunca tão celeste quanto a do céu que o arrancava da cama de manhã, 
tinha uma iluminação diferente e periódica, uma fonte que jorrava sonhos em todos os tons de azul, 
e uma barra dessas gigantes, onde depois do alongamento, 
todos eram conduzidos pra muito além daquela figura geometricamente equivocada.



maurício backer spinelli . sobre a bolha azul

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