Ele tinha passado muito tempo sem saber o que dizer e foi percebendo com os passar dos dias que o tempo era muito curto pra tanto. Respirar, sentir, fazer, ser, viver... escrever havia se tornado uma perda de tempo, assim como dormir, ou sofrer de amor.
Foi garimpando os dias, costurando as horas e lutando por tudo aquilo que ele havia se prometido na anti-sala do centro cirurgico, ele sentia o peso da vida e o vazio da morte, sentia sabores embora algumas sensações tivessem ficado pra trás, o encalacrar de algumas dores e lembranças tinha tornado algumas áreas do sentir completamente dormentes.
Ele fechou os olhos, empunhou sua espada e lutou, lutou e lutou... a vitória parecia distante, mas ele cumpriu sua tarefa, recebeu no mundo o Pequeno Principe, comemorou a vida com os que comungavam desse amor e abriu os caminhos pra aquela que era a estrela e a voz dos seus projetos profissionais mais íntimos.
E com essa sensação de dever cumprido, decidiu pegar outro caminho e como todo guerreiro celou seu cavalo, recolheu seus pedaços, sua espada, algumas flores e seguiu pra desbravar outros mundos, outros sonhos... ele sabia que o guerreiro só encontra paz no meio da batalha e que sua espada só deveria ser erguida novamente por causas que tivessem em sua essência honra, justiça e verdade.
Maurício Spinelli, limpando tudo a minha volta pra começar uma nova batalha!
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