segunda-feira, 4 de abril de 2011

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O amanhã não existe pra quem tem a oportunidade de fazer Hoje e não o faz ...
Não podemos adiar o amor, o abraço, o afago, ou corremos o risco de não tê-lo mais!
maurício spinelli.




um dia sorriremos juntos outra vez! 

quarta-feira, 30 de março de 2011

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você saiu...bati a porta,  peito fechado.te mandei embora.

cheiro que semeia lembranças,
gosto que encalacra a alma
coração estéreo,
penso...
em teus movimentos, 
em teu sorriso.
ficou em mim, o amor,
a sensação, o ritmo,
os sonhos...

fomos um do outro,
reservadamente, finitamente.
o vento, pés na areia,
a estrada, amaralina,
a força do mar,
promessas, mãos,
não amei novamente,
não mais nesse caminho,
mudei o mundo,
verti as correntes,
e de ponta cabeça,
não sinto, apenas te sinto,
não espero, nem quero,
Infinito é o desamor.

invadido por um sentimento engavetado e resolvido. me veio você sorrindo. março 2011. maurício spinelli.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

.crescer e sentir.


quantos serão os vôos ? e quantas vezes ainda sentiremos, o coração acelerar, a saliva faltar, o chão sumir? quantas vezes ao longo da vida teremos coragem de voar como na primeira vez? abriremos os olhos maravilhados com a cor azul do céu, e ouviremos do alto da colina o bater das ondas do mar? quantas vezes? até quando o sentimento morará no cobertura do peito? até onde sentiremos esse habitar? sinto por vezes não sentir, dizem que isso é maturidade, e que o tempo serve como um prozac natural em nossos sentidos... dia desses depois de meses, um filme me surpreendeu, me peguei chorando ás 5 da manhã... tudo ficou automático, todo mundo é feliz, se ama e faz caridade, com pessoas, com bichos, com os amigos, tudo pra postar nas redes sociais, aqueles sorrisos plásticos, mais cheios de poses que de vida, viver é melhor que postar ( seria lindo ver Elis Regina rasgando as notas nesta frase.) o que falta pra sermos felizes? se crescer for não sentir, eu quero fazer outras escolhas, e quero me despir ainda mais, de minhas vaidades, de minhas rotas, de minhas mortalhas, e de minha impáfia madura de que controlo tudo a minha volta, quero que a vida venha, me bata no rosto, me derrube no chão e me obrigue a rastejar em busca dos sentidos, quero me apaixonar de novo e ficar cego de amor, quero compor e achar que tudo é perfeito pelo simples prazer do subterfúgio da eternidade, quero bolhas de todas as cores, e quero estourá-las, quero as portas e as janelas completamente abertas, quero os pássaros, todos voando, nenhum em minhas mãos, quero uma espada gigante, dessas que que pra levantar precisamos da ajuda do melhor amigo, daquele que lambe nossa ferida como o cachorro que enterramos na infância, quero pontes, quero flores, quero vento no rosto,quero gritos na estrada, quero amor e açaí em domicílio, quero não saber das coisas, e na minha escolhida ignorância seguir sorrindo e cantando, sem que ninguém poste minhas indescobertas.





maurício backer spinelli. janeiro 2011. nas ilhas.